Entrada destacada

Estética na América do Sul 1

https://www.youtube.com/watch?v=0dscoNolbV4  

domingo, 6 de octubre de 2013

Resúmenes de las ponencias del Grupo de Trabajo 37 - Jornadas 2013



A Neuroestética como Retomada da Tradição e Renovação da Estética enquanto Ciência da Arte



Prof. Dr. Alberto Marinho Ribas Semeler

Universidade Federal do Rio Grande do Sul



Este texto propõe-se a discussão sobre uma possível base biológica da experiência estética, levando em consideração alguns elementos da tradição estética ocidental e os novos conhecimentos científicos da neurobiologia. Nesse sentido, acreditamos na importância de se retomar antigos pressupostos que têm concebido o fenômeno estético numa dimensão inata/adquirida. Se restringirmos o sentido da visão a processo que envolvem receptores de comprimento de onda e detectores de borda e, posteriormente, o pensarmos como um fator preponderantemente inato teríamos que pressupor que olho é um dispositivo regulador e determinante da percepção estética. Contudo,  a experiência humana é algo singular que faz com que os dados brutos oriundos do olho sejam interpretados de modo individualizado. Assim, nosso cotidiano (condições ambientais) e nossas experiências culturais (vivências sociais, estéticas e cognitivo-sensoriais) acabam influenciando a maneira como interpretamos o mundo. Na Antiguidade Clássica, Aristóteles pensava a estética intimamente relacionada ao orgânico, identificada com os ciclos biológicos da vida. Contemporaneamente, sua tese é retomada pelas diferentes perspectivas teóricas que vinculam biologia e estética, ou pelo que podemos chamar de “naturalização da experiência estética”. Essa tese de origem aristotélica é reforçada pelo advento da neuroestética na década de 1990, que emerge como uma radicalização da concepção naturalista da estética, em outras palavras, se estabelece posicionando a experiência estética como um ato cognitivo-fisiológico. Primeiro aspecto a ser destacado: a neuroestética compreende a arte como um subproduto da função evolutiva cerebral que é revalorizada no contexto da pesquisa científica. Significa dizer que os processos mentais passam a ser investigados considerando-se sua base neuroquímica e fisiologia celular. Cada vez mais, busca-se compreender os processos culturais pelo prisma da atividade neuronal. O que antes era interpretado como uma ação mental puramente abstrata, imaterial, agora passa a ser reduzida à atividade neuroquímica cerebral.  Disso decorre pensar e investigar os processos cerebrais e, por consequência, as artes em sua fisiologia e neuroquímica celular. A estética como fenômeno de base cognitivo-sensorial  reposiciona a tradição ocidental das artes e passa a ser investigada a partir da ciência e da tecnologia num processo de retroalimentação. Os conhecimentos que antes eram vistos como meramente intuitivos ou teórico-filosóficos, podem ser refutados ou legitimados através do acompanhamento do córtex visual numa aproximação entre ciência e arte.



El fin del arte desde el fin del mundo



Lic. Andrea Carriquiry

Maestranda en Filosofía Contemporánea, FHUCE



Desde que Marcel Duchamp lanzara sus primeros ready mades, arte y teoría del arte han quedado perplejas, girando en falso por así decirlo, en torno a una cuestión central: ¿qué es el arte?, y ¿se puede responder a esa pregunta? O, en términos más técnicos: ¿es posible una definición del arte? ¿se puede definir qué tipo de objetos caen bajo esa categoría? ¿o, como sugieren las teorías institucionalistas, no existe esencialmente el arte, y simplemente se ha denominado como tal a diferentes fenómenos que, a lo largo de la historia de la humanidad y a lo ancho de las diferentes culturas, han tenido funciones y características radicalmente heterogéneas?

Estas preguntas apuntan al problema central de la estética contemporánea –la definibilidad del arte–. El presente trabajo es parte de una investigación[1] más amplia sobre dicho problema, en este caso centrado en el estudio de la propuesta que, contra todo pronóstico, se ha desarrollado en este país: la del teórico uruguayo contemporáneo Juan Fló. Su obra, ciertamente ex – céntrica, se ha detenido en la cuestión antedicha sosteniendo a la vez un enfoque original y un trabajo riguroso desarrollado durante las últimas cinco décadas.  Fló enfrenta las teorías de tipo institucionalista con una batería de argumentos que desarman el mecanismo implícito en ese tipo de argumentaciones (principalmente en sus últimos trabajos, como “La definición del arte antes (y después) de su indefinibilidad”, Diánoia, 2002), y propone un sentido posible en que se podría construir una definición del arte, en base a una historia interna del mismo. El hecho mismo de que una postura de este tipo haya surgido en este periférico país puede ser estudiado también sintomáticamente en relación a la situación actual del arte y la teoría del arte _y esa es una de las tesis que subyace a esta investigación.

El objetivo del presente trabajo es entonces analizar la respuesta de este teórico uruguayo contemporáneo al problema de la definibilidad del arte, rastreando su producción bibliográfica desde su primer trabajo significativo sobre el tema de 1956 hasta su producción contemporánea; dada la relativamente sobria cantidad de publicaciones que ha realizado sobre este tema, se la reconstruye apelando también a escritos inéditos, y a entrevistas realizadas por la responsable de esta investigación.



Marcel Duchamp y el Arte Pop en el marco de las vanguardias del S. XX



Lic. Damián Formoso

FHUCE



El objetivo de este trabajo es ver la obra de Marcel Duchamp y del arte pop bajo la luz de los movimientos de vanguardia de sus respectivas épocas. Se va a poner énfasis en aquellos aspectos peculiares que muestran una relación conflictiva con esas vanguardias en las que se enmarcan. Para abordar esta problemática se va a tomar a uno de los principales filósofos del arte del S. XX como lo es Arthur Danto. Un aspecto central de su teoría es que la historia del arte es la historia de la búsqueda del arte por su identidad filosófica. Danto ve las rupturas del S. XX bajo este peculiar historicismo. 

A principios del S. XX las vanguardias se alejaron de la mimesis, que había regido gran parte de la historia del arte, y se concentraron en la exploración de los aspectos esenciales de artes visuales. Se buscaba una nueva dirección para el arte. La obra de Duchamp comparte la visión crítica de la tradición. Sin embargo, al poner un objeto común como obra de arte se limita a manifestar el agotamiento de esa tradición y no busca un nuevo camino para el arte. Danto ve en esta utilización del objeto común un proyecto reconciliatorio entre arte y vida. Sin embargo hay que recordar que las primeras vanguardias llevaron adelante su búsqueda aislándose de la sociedad.

El arte pop retoma la práctica instalada por Duchamp de declarar arte un objeto común, aunque esta no es la característica excluyente del movimiento. También se sirve de técnicas propias de la publicidad, generando un tipo de arte con el que una gran parte de la sociedad se podía relacionar rápidamente. Este uso del objeto común y de técnicas que no habían sido consideradas en el arte son características que comparten el arte pop con las neovanguardias y abren el camino para una liberación de las artes visuales. La premisa “todo puede ser arte” pasa a ser medular. Sin embargo las neovanguardias se refugian en lo conceptual y pierden el carácter masivo típico del arte pop.

El historicismo de Danto le hace ver la influencia de Duchamp y sus obras como puro comentario en las segundas vanguardias, pero mientras la obra de Duchamp es crítica hacia el mundo del arte, las obras de las neovanguardias constituyen el mundo del arte.







O aspecto residual do mundo: o processo de estetização da Contemporaneidade          



Filipe Silveira de Araújo

Doutorando em Filosofia – UNISINOS/CAPES (Brasil)



Gianni Vattimo interpreta, com base nos novos paradigmas apresentados pela sociedade da comunicação – oriunda da sociedade técnica, na qual os mass media representam um papel de relevante importância –, as mudanças ocorridas na nossa comunicação e na nossa cultura contemporânea. Assim, pretende justificar a Contemporaneidade pelo advento dos mass media e sua ação de “desrealizar” o mundo, uma vez que já não é mais possível falar daquele mundo unitário idealizado pela Modernidade. Com efeito, Vattimo concebe que, ao informar o mundo em forma de sons e imagens, os media acabam antes por “estetizar” a experiência cotidiana dos indivíduos. Isso ocorre na medida em que os produtos da sociedade da comunicação são exatamente os “dialetos” daqueles que constituem o presente da experiência humana. Mesmo aqueles antes excluídos do processo histórico – as minorias sociais – agora ganham visibilidade e revelam toda a complexidade de seus sistemas culturais. Como consequência de tal feito, o risco de uma homologação cultural já não é mais possível, pois se apresenta na experiência social a multiplicidade. Daí Vattimo interpretar que, em oposição a uma ideia geral do “belo”, o que temos agora são as mais variadas interpretações, as mais variadas posições do “belo”, gerando assim uma pluralização de “belos”. A sociedade da comunicação, enquanto multiplicidade das visões de mundo, propicia uma verdadeira experiência estética, enquanto pluralização das interpretações, das visões de mundo, na compreensão que este – o mundo dado de certa característica particular – é apenas um entre outros. Assim, já não se pode falar mais de uma “realidade” ordenada, enquanto entendemos realidade como sendo uma relação de “contaminação” – encadeamento lógico dos acontecimentos. Com isso, a experiência contemporânea é antes uma experiência de desrealização-estetização.





Sentimentos morais e estéticos em Kant



Profª. Drª. Flávia Chagas       

Depto. de Filosofia/ PPG Filosofia UFPel



Na Crítica do Juízo, Kant deixa claro que a analogia entre o sentimento do sublime e o sentimento moral consiste nas condições formais produzidas, por um lado, pela violência exercida tanto pela razão prática sobre a sensibilidade (sentimento de respeito) como sobre a imaginação (sublime). Mas se esta última perspectiva apontada é meramente negativa na medida em que está relacionada a um sentimento de desprazer causado pela violência exercida pela razão prática pura, por outro lado, em ambos os sentimentos (moral e no sublime) o sujeito vivencia um sentimento de elevação na medida em que ele reconhece a si mesmo como uma causa noumenon, ou seja, na medida em que ele reconhece a sua destinação enquanto um ser livre e autônomo, sem com isso, ter garantias para a determinação teórica de tais ideias. Com efeito, em ambos os casos, a ideia do incondicionado pode (sublime) e deve (sentimento moral) servir de impulso para a reflexão estética e a determinação (não apenas reflexão) moral, sem que, com isso, todavia, nós possamos estabelecer uma identidade entre o sentimento moral e o sentimento do sublime. Com efeito, não obstante seja impossível identificar o sentimento moral com sentimentos estéticos, Kant sustenta que o sentimento moral e o comportamento do agente virtuoso, na medida em que “exemplifica” um modo de pensar segundo leis morais ou uma disposição moral, pode servir de ocasião ou impulso para a reflexão estética, seja a partir do sentimento do sublime ou do sentimento da beleza e, então, ser pensado em analogia com a faculdade de juízo estética. A partir desta breve reconstrução do argumento, este trabalho pretende investigar com mais detalhe o “parentesco” entre o sentimento moral e o sentimento do sublime com o intuito de compreender as possíveis ligações, consequências e limites entre ética e estética dentro da perspectiva transcendental kantiana.



Política y tragedia en la representación del sacrificio



Hekatherina Delgado

Facultad de Ciencias Sociales - Universidad de la República



¿Qué sentido tiene el arte a la hora de pensar la relación entre subjetividad y política?, ¿cuál es el margen disruptivo de la noción de heroicidad? La noción de héroe plantea el sacrificio de la vida como acto ético por supremacía. Pero, ¿qué viene a enunciar este discurso respecto a la acontecimentalidad de la política? Puesto que existen varias formas de pensar la política (como consenso o conflicto), se parte de entender a la acción como intrínseca a la condición humana y al conflicto como parte constitutiva de la misma. Si bien la tragedia ha sido un tema convocado desde los más diversos campos de estudio como obra de arte que habla de la pólis, abordarla contribuye a entender aquel acontecimiento que permite dejar huellas como su prolongación, aquel signo disparador o comienzo de un discurso nuevo respecto a los desenlaces irreductibles de un acto en su relación con el lenguaje y la política. En este marco, la tragedia y la noción de héroe en relación al sacrificio y la política, contribuyen a comprender las distintas implicancias que tiene la obra de ficción en las reinscripciones estéticas que fijan sentidos de la política contemporánea, pues permite abordar lo que el lenguaje dice de lo Real al circunscribirlo como indecible. Por tanto, se realiza un ejercicio deconstructivo de la noción de heroicidad trágica, a partir de la lectura explicativa del lugar simbólico que ocupa la apelación al sacrificio de la vida del héroe desde la que se constituye dicha noción. Es decir, comprender lo que implica políticamente el sacrificio de la vida: la muerte de la figura del héroe.



Elementos de la institución arte



Bach. Jorge Fierro.

Estudiante avanzado de las Licenciaturas en Letras y Filosofía, FHUCE



El mayor intento por justificar que todo lo que es considerado una obra de arte es efectivamente una obra de arte lo aportará Dickie con su teoría institucional. Al igual que Danto, considera que  es el trasfondo lo que hace que una obra sea de arte, pero a diferencia de este, el trasfondo es “una estructura de personas que desempeñan varios roles y que están comprometidas en una práctica que se ha desarrollado a lo largo de la historia”.

Dickie evade los casos de vaguedad en arte, tal vez porque considere que no hay tales casos. “Prácticamente nadie necesita una definición de <<obra de arte>>” porque “las definiciones nos ayudan a aclararnos sobre algo con lo que ya estábamos familiarizados” ; o tal vez porque estime como razón suficiente para considerar que algo es una obra de arte la misma duda de su estatus ontológico. Si nos cuestionamos al respecto de que algo sea una obra de arte, es porque es un artefacto presentado en el marco del mundo del arte, y entonces, efectivamente es una obra de arte. No hay razón por la cuál la moda no es un sistema del mundo del arte, así como no hay razón por la cuál hay sistemas que son del mundo del arte (la pintura, el cine, etc.), es, según Dickie, arbitrario.

La familiaridad provista -según Dickie-  por  formar parte de la institución artística  no soluciona el reconocimiento de una obra de arte ante el fenómeno de la transfiguración del lugar común,  en todo caso, la práctica cultural del arte, nos permitirá reconocer los  indicadores (el cartel con el nombre y autor de la obra, cuya función es la señalización: “esto es una obra de arte”) y a partir de ahí adoptar el rol del espectador que hará posible la obra de arte.

¿De qué hablamos cuando hablamos de la institución arte? ¿Qué otros elementos, además de los artistas, sus obras y los espectadores, incluye esa institución? ¿Cómo afectan al carácter ontológico de las obras?





La ruptura del Pop



Maestro y artista plástico José Stagnaro.

Director de la Casa de la Cultura de San Carlos (Maldonado) durante el
período 1995-2010.

Estudiante avanzado de la Licenciatura en Filosofía, FHUCE



Definimos el arte Pop como el que presenta alguna de estas dos características: a) la inclusión de objetos y símbolos de la sociedad de consumo y b) la propuesta de un “giro lingüístico” donde las imágenes o los objetos pueden generar una reflexión conceptual acerca de lo simbólico y lo real. El arte Pop se describe a partir de la exposición de dos tensiones presentes en arte contemporáneo, a las que el movimiento intentaría responder. Dichas tensiones son las siguientes: la que se establece a la interna del “mundo del arte” entre realismo y formalismo; y la que se establece, como fenómeno que abarca toda la sociedad, entre el arte de élites y el arte de masas, producido y circulando como tal, en las “industrias culturales”. Ambos problemas conducen a preguntarnos “¿qué es el arte?” Intentaremos dos aproximaciones a esta pregunta, cuyas respuestas puedan, a su vez, convertirse en herramientas útiles para comprender el fenómeno Pop. La primera de carácter histórico intentará situar, de acuerdo a reflexiones de Juan Fló, al Pop como resultado  de “series causales con gran probabilidad de encuentro”. La segunda, de carácter esencialista, formulada por Deleuze y Guattari, introduce el concepto de “percepto”, como “bloque de sensaciones”, para definir una obra de arte. A partir de allí procuramos  ponerla en juego con el carácter conceptual que adquieren algunas obras del Pop, así como muchas obras de arte contemporáneo. Intentaremos demostrar que el “arte conceptual” no es plenamente conceptual, sino que es también percepto, y es por eso que aún podemos considerarlo arte y no mera reflexión filosófica. La historia de la formalidad así como las transformaciones del mercado y la circulación de arte masivo se vincula a la conformación  del “campo del arte” y la relación de éste con el campo social. El análisis sociológico del arte de Pierre Bourdieu es imprescindible para comprender tanto la primera como la segunda tensión que tratamos. Las aproximaciones al concepto arte que hemos presentado parecerían no poder  integrar los fenómenos relativos al arte popular o masivo como propiamente “artísticos”. Esa imposibilidad está ya contenida en el propio surgimiento del concepto de “industria cultural” y el arte para las masas como “falsa conciencia” en Horkheimer y Adorno. Intentaremos situarnos en las condiciones históricas en que fueron elaborados dichos conceptos y sus “momentos de verdad”. Sin embargo, a partir del análisis de Bourdieu y de una posible reinterpretación del percepto, intentaremos ampliar el concepto de arte más allá de lo que circula en el “mundo del arte”.



Estética Naturalizada: A Natureza da Experiência Estética



Prof. Dr. Juliano Santos do Carmo

Universidade Federal de Pelotas



O objetivo geral deste trabalho é ressaltar alguns aspectos importantes de um modelo filosófico de estética que surgiu em meados da década de 1970 e que tem sido desenvolvido como uma espécie de antídoto para as tendências fortemente reducionistas de naturalização da experiência estética. Trata-se, mais especificamente, da abordagem de Nelson Goodman em “Linguagens da Arte” (1976). Além de fornecer subsídios para repensar a relação desgastada entre estética e arte, a posição de Goodman também tem o potencial de lançar luz sobre problemas metodológicos fundamentais da historiografia e crítica de arte. A naturalização da estética é uma parte importante da ampla agenda de discussões contemporâneas sobre a “naturalização do conhecimento”. A ciência tem possibilitado a observação de fenômenos cognitivos através das interfaces de visualização computadorizadas (como, por exemplo, o córtex, os processos celulares, etc.) e isso tem contribuído de forma decisiva para o rearranjo de diversos campos de investigação, cujo objetivo central é encontrar uma propriedade fisiológica (natural) para alguns fenômenos do conhecimento humano. Essa tendência pode ser percebida na crescente interação de filósofos, artistas e teóricos da arte com neurocientistas, basta observar o surgimento das recentes subáreas de investigação: a Neurofilosofia e a Neuroarte. O objetivo específico deste trabalho é mostrar que há um modo mais razoável de tornar significativa a ideia de “estética naturalizada”: trata-se do naturalismo pragmático, cujo principal ingrediente é a defesa de que a experiência estética é profundamente dependente de nossos hábitos linguísticos. Neste sentido específico, as posições de Arthur Danto e de Nelson Goodman seriam tipos de “naturalismo pragmático” (não-reducionistas), pois ao mesmo tempo que evitam as explicações “sobrenaturais” da experiência estética (recusando as ideias substancializadas de “beleza”, “sublime”, “gosto”, etc.) eles defendem que propriedades semânticas e pragmáticas são suficientes para explicá-la (um tipo de gramaticalização da experiência). A posição de Wittgenstein sobre a determinação do significado pelo “uso” é um tipo de naturalismo pragmático neste mesmo sentido, pois assume o pressuposto de que nenhum elemento a priori é necessário para a explicação das práticas linguísticas.





Sobre a música na obra de Pitágoras de Samos e os pitagóricos



Juliano Gustavo dos Santos Ozga

Formado em Filosofia pela UFSM

Membro Colaborador do Instituto Histórico e Geográfico de São Luiz Gonzaga (IHG/SLG) - RS - Brasil.



O tema desse projeto, conforme se revela no título, é a música na obra de Pitágoras, primeiro pensador na história da filosofia a fazer dessa arte o centro de sua visão de mundo, através de sua inclusão até mesmo nas assim chamadas “ciências exatas”. Para que haja maior compreensão e clareza a respeito do pensamento de Pitágoras, cujos escritos chegaram até o século XXI extremamente fragmentados e em número muito reduzido, faz-se necessária a pesquisa das fontes históricas contemporâneas ao filósofo, bem como daqueles que o antecederam. Propomos assim, em um primeiro momento, apresentar o objeto do estudo proposto através da história de sua constituição, e, em seguida, revelar como ele se insere e qual o lugar que ocupa na visão de mundo do filósofo. O conceito de música será exposto na teoria pitagórica, tanto em seu aspecto histórico e estético, quanto nos aspectos relativos às teorias matemáticas - capazes de proporcionarem o fundamento filosófico necessário para melhor entendimento do papel desempenhado pela música na obra do filósofo jônico.

A pesquisa será uma abordagem temática sobre o foco principal da pesquisa, ou seja, a concepção de música na obra de Pitágoras de Samos e de seus discípulos pitagóricos. O que se torna necessário é salientar que Pitágoras de Samos propriamente não nos deixou escritos sobre a música ou a harmonia das esferas celestes. O que consta na bibliografia dos comentadores e doxógrafos sobre a música é proveniente da obra dos pitagóricos discípulos e posteriores a Pitágoras de Samos, mais especificamente o matemático e filósofo Hipase (Hípaso) de Metaponto ou de Crotona (primeira metade do séc. V a.C.), do matemático Filolau (séc. V a.C.), originário de Tebas, que posteriormente ficou conhecido como Filolau de Crotona e autor do primeiro livro pitagórico chamado Da Natureza das Coisas ou Peri Physeos e Arquitas de Tarento (428 a.C. - 347 a.C), autor do Harmonica.



O conceito de belo e sublime em Kant



Prof. Dr. Keberson Bresolin

Universidade Federal de Pelotas



O presente artigo visa fazer uma análise do conceito do belo (das Schöne) e do sublime (dasErhabene) na obra Kritik der Urteilskraft de Immanuel Kant. Pretende-se, pois, demonstrar a peculiaridade da cada um dos conceitos, fazendo, assim, a devida diferenciação entre eles. Das Schöne aparece como a representação sem conceito como objeto de uma satisfação (Wohlgefallen)universal; é um objeto de satisfação independente de todo o interesse. A reivindicação de universalidade, contudo, não repousa no objeto, mas uma reivindicação da universalidade subjetiva que esta ligada ao juízo reflexionante. Das Erhabene é, por sua vez, o absolutamente grande (Großee nãogroß). O que é schlechthinGroß não é objeto dos sentidos como seria o adjetivo groß aplicado ao mundo objetivo mediado por um juízo determinante, mas é o uso que a faculdade de juízo faz de determinados objetos que desperta em nós um sentimento suprassensível.



Michel Foucault – Ética como Estética da existência



Profª. Doutoranda Kelin Valeirão   

Depto. de Filosofia/UFPel



A partir dos estudos acerca da ética, presentes nos últimos volumes da Histoire de la sexualité e nos cursos ministrados no Collège de France, a saber: L’herméneutique du sujet e Le gouvernement de si e des autres, Foucault elabora em L’usage dos plaisirs (1984) a noção de estética da existência como uma arte, reflexo de uma liberdade percebida como jogo de poder, caracterizando o modo de sujeição da moral grega não somente como estético, mas sobretudo como estético-político. No pensamento de Foucault, por moral entende-se código moral e moralidade dos comportamentos. Para além dos códigos e comportamentos, surge o termo ética referindo-se ao domínio da constituição de si mesmo como sujeito moral. A ética é do âmbito do êthos, uma escolha voluntária da maneira de pensar e sentir, de agir e conduzir-se, como uma prática da liberdade de modo refletido. Outrossim, o que se propõe é um êthos, uma vida filosófica em que a crítica do que somos é a análise histórica dos limites que nos são colocados e a experiência da sua transgressão possível. A vida, como bios, procura promover e dar forma à impaciência da liberdade segundo o princípio da autonomia. Neste sentido, a ética como estética da existência deve ser entendida como uma forma alternativa de vida cujo valor moral não está em sua conformidade a um código de comportamento tampouco a um trabalho de purificação, todavia nos princípios do uso dos prazeres e nas hierarquias que se julga dever ser respeitada. Diante deste cenário, o trabalho empenha-se em descobrir o que levou Foucault, na década de 80, a se desvencilhar do filósofo moderno não espiritual para mostrar os traços de espiritualidade dos filósofos da Antiguidade? Até que ponto a moral, orientada à ética, contribui na elaboração de uma estética da existência? Estas são algumas questões que, como Foucault, pretende-se destrinchar.



El azar: durante y después del vanguardismo



Bach. Rodrigo Eugui Ferrari

Estudiante avanzado de la Licenciatura en Filosofía, FHUCE.





En su Ética a Nicómaco, Aristóteles evoca la siguiente frase, atribuida -según él- al poeta Agatón: «el arte ama al azar y el azar al arte» (Libro VI, Cap. IV, 1140a). Desde la época de su enunciación, hasta hoy en día, la verdad de esta relación ha motivado diferentes modos de producción artística, los cuales [para comprenderla y poder expresarla] conjugan la exploración técnica‒formal, con su desvelamiento histórico‒material. Esta conjunción permite entender cómo el azar (en su triple sentido: indeterminación, aleatoriedad y fortuna) se introduce en la obra, y cuál es el ‘efecto’ [al igual que la ‘causa’] de su introducción. Para Peter Bürger, en su Theorie der Avantgarde (1974), esta incorporación encuentra su clímax teórico‒práctico con la llegada del vanguardismo; donde el azar se asocia a la consecuencia de una profunda ruptura (respecto a/de la Tradición): tanto en el proceso productivo, como en la observación crítica de lo producido. Las categorías de “artista”, “obra” y “espectador” ya no remiten a [ni se derivan de] un modelo mimético de representación (el cual continúa -silenciosamente- presente/vigente hasta inicios del siglo XX, cuando el cubismo da el [primer] paso revolucionario, al emanciparse de la perspectiva renacentista); sino que se articulan, definen y realizan en una nueva concepción de la finalidad artística: i. e., incorporada a la praxis vital -et viceversa- para, desde allí, lograr transformarla. Así, «lo azaroso» adquiere un status ideológico, justificado [y fertilizado] por una nueva proyección del sujeto (tanto la del psicoanálisis freudiano, como la de la teoría antropológica de Lévi-Strauss), que reivindica su dimensión oculta, desconocida e irracional; y tendiente al descubrimiento y/o experimentación técnico‒formal que propicie [durante-y-después de la actividad artística] al entendimiento de esa nueva proyección (e. g., el dripping, el frottage, el collage y la escritura automática). Por ello, comprehender el devenir de tal adquisición, constituye la «pierre de touche» para entender cómo se actualizan los versos de Agatón en el ‘arte’ contemporáneo y -desde allí- construir una metarreflexión, más pluridimensional y centrada en su desvelamiento. Sobre ese eje [teórico e interrogativo] se moverán las tesis, desplegadas en este trabajo.    



Hacia una comprensión de La mer de Claude Debussy a través de la interpretación de sus críticas



Lic. Washington A. Morales Maciel

Violinista de la Orquesta Filarmónica Juvenil del Ministerio de Educación y Cultura, Uruguay (2006- 2010).

Ayudante de Epistemología, Semestre Básico Común, FHUCE.

Ayudante de la Sección de Estética, FHUCE.

Maestrando de la Maestría en Ciencias Humanas, opción Filosofía Contemporánea, FHUCE



Un artista es también un crítico. Un crítico, por lo pronto, de su propia producción (la crítica es una tarea incidental en el proceso de producción). Bajo algunos cuidados hermenéuticos, las críticas que realiza un artista a las producciones de otros artistas pueden ser consideradas, por otra parte, precisamente como un despliegue de principios estéticos en la evaluación de su propia producción en el proceso mismo de creación. A su vez, el desarrollo de una crítica supone, si bien no una propuesta filosófica sistemática sobre el arte (en cuanto articulación de una serie de argumentos con los cuales fundamentar una tesis en respuesta a algún problema del arte), sí un bosquejo o una serie de supuestos que dan respuesta algún problema del arte, aunque quizás no explícitamente articulados en la propia crítica. Lo que se pretenderá en esta ponencia será identificar una serie fundamental de problemas y supuestos (bosquejos de una filosofía del arte) en las críticas que realizó Claude Debussy (1862-1918) en diferentes periódicos de Francia (recopilados en el Señor Corchea y otros escritos), que serán tomadas como puntos de salida y de entrada en la interpretación de su pensamiento, y se intentará identificar, por último, la relación entre el bosquejo ecléctico de la filosofía del arte resultante y una de las obras más célebres de este compositor francés de entre siglos, La mer.








[1]Proyecto  “De Duchamp a Danto: un siglo de indefinición del arte y una propuesta alternativa”, financiado por el Fondo Clemente Estable (DICYT, MEC). Responsable científica: Andrea Carriquiry.

No hay comentarios:

Publicar un comentario

Recent

Random

Seguidores

Contacto

Nombre

Correo electrónico *

Mensaje *